terça-feira, 24 de dezembro de 2013

2013 em conclusão

ANO DA GRAÇA DE 2013

Foi um ano muito esclarecedor... Deu para ver/perceber melhor como interagem connosco as pessoas que, por circunstâncias várias, cruzam a nossa vida.


Decidi ser alegre e feliz. Contentar-me com o que conquistei e viver a minha vida sem dramas nem tristezas. Preencher cada dia da melhor forma e ser lúdica e otimista na minha forma de estar. Não pensar no futuro que vá para além do que possa prever e dominar. Sempre atenta ao que me rodeia e ao estado de conhecimento a que cheguei em 58 anos de luta pela sobrevivência.
Transformar esse peso (do conhecimento) em proveito próprio para aligeirar dores passadas e presentes e poder olhar a vida sem dramas e/ou medos vários.


Apercebi-me, com o decorrer do ano, que muitas das pessoas com quem convivia não apreciavam de todo esta minha escolha. Achavam até insultuoso que eu, uma zé ninguém sem ter onde cair morta, se atrevesse a ver e a viver a vida desse prisma. Sofri de várias pressões para voltar ao meu estado depressivo e de mal com a vida que sempre me acompanhou.
Resisti. Decidi mesmo retirar do meu convívio, pessoas que com a vida só aprenderam a amargura e a descrença, que são dramáticas e tristes por vocação...
Dessas não rezará a História. A minha história. Que não é boa nem má. É minha.
Percebi, mais uma vez, que jamais devemos abrir vivências e sofrimentos vários a quem não teve a vida preenchida, nem percorreu o mesmo caminho cheio de lutas e derrotas várias mas que me ajudaram a ter o conhecimento que hoje faz parte de mim. Que me moldou e se instalou. Para ficar e me ajudar a ver o mundo desta forma lúcida e responsável.


Tive também algumas ajudas nesta minha ousada escolha. Destaco-as e jamais as esquecerei. Houve pessoas que ajudaram, e muito, o meu ano a atingir os objetivos a q me tinha proposto.
Tive AMIG@S que muito me ajudaram, jamais o vou esquecer e nunca viverei o bastante para lhes agradecer... alguns sem mesmo o saberem... alguns até virtuais. Pessoas com carater, íntegras e honestas.
Devo um agradecimento especial ao Carlos Fausto, à Paula Joyce e à Patrícia. Marcaram este ano positivamente. São pessoas boas, que sabem o que é a amizade e aceitam a diferença de formas de estar na vida e de olhar o mundo.


Consegui sobreviver. De bem comigo e com as minhas escolhas.
Mais próxima de pessoas que me são muito queridas e que fazem parte de mim. Aqui destaco o meu irmão. Gostava de voltar a poder brincar com ele e com os bonequinhos/miniaturas de plástico com q então o entretinha. Um era o Quincas. Era um rato preto com orelhas grandes que não media mais de 3 centimetros. Era especial esse. Tinha carater e vontade própria. Era alegre e ajudava (-nos) a extravasar sentires.
Depois, na hora do soninho e para ele adormecer mais depressa colocava os meus deditos de miúda de 11 anos nos olhitos dele para que não os abrisse e pegasse no sono... Acho que agora também o voltaria a fazer... fechava-lhe os olhitos para que não visse a merda de mundo em que estamos!
Sempre que falamos apetecia-me ter outras realidades para contrapor à lucidez dele... Não tenho. Ninguém tem. Estamos falidos de esperança e de sonhos. Temo-nos, apenas!
Com ele sim que posso fazer confidências: conhece-me bem e todo o caminho que aqui me trouxe. Percorremos juntos uma vida de lutas e de aprendizagens nem sempre fáceis, nem sempre vitoriosas mas sempre muito intensamente vividas e com a nobreza e o carater que tivemos por educação.


Queria que ele tivesse liberdade. Liberdade de poder viver e fazer escolhas como eu fiz. … Escolhas que vou aperfeiçoar e manter nesta jornada de luta que se chama vida.
Enquanto me permitirem viver...............


Obrigada a tod@s os que me lêem e me sentem.

3 comentários:

  1. Um beijo grande, Amiga!
    Que nunca nos roubem a alegria. Especialmentea que tanto custa a criar e manter na adversidade!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Decidi que se isso acontecer, jamais pretendo continuar aqui no mundo!

      Eliminar