sábado, 9 de novembro de 2013

58 anos



Passa a vida. Passa sim.

Passam os dias, passam os anos e até passam as pessoas q passaram por nós...
Haverá alguma coisa imutável?




Vivo num país livre (?!),  como cantou o Chico Buarque... e amo duas lindas gatinhas, que a mim me amam sem pedir nada, ou quase nada!


Circunstâncias ou convergências me trouxeram à Holanda onde a tranquilidade duma existência sem grandes sobressaltos me fizeram abraçar novos/velhos valores universais que andaram sempre tão esquecidos numa vida inteira de permanente luta pela sobrevivência minha e de quem me é muito querido: o meu filho. 
Afinal, só conseguimos mesmo olhar em volta e apreciar todos os pequeninos pormenores q nos rodeiam quando a subsistência está garantida (...) É sempre mais fácil falar de barriga cheia.




 Continuo a lutar, pelos outros e por mim. Porque não sei estar de outra maneira. Porque a miséria quer física quer mental me dói! Muito. Gostava mesmo de ter o poder de mudar a cabeça das pessoas, como consegui mudar a minha ao longo de 58 anos. É muito bom e reconfortante chegar onde cheguei. Mas precisamos sempre de interlocutores para crescermos, aprendermos e usarmos o conhecimento.

Consegui alguns aqui, mesmo com a diferença de línguas, de vivências e de objetivos. Circunstanciais ou não há pessoas que fazem parte do meu dia-a-dia atual que me ouvem, aceitam, admiram ou tão somente me compreendem e são solidárias. Já aprendi algumas coisas muito importantes com elas. Tento sempre dar o melhor de mim, nunca esquecendo os valores que fui alicerçando, e verificando a correção dos mesmos, ao longo destes anos. Há ainda muita gente que não o entende. Lá chegarão. Ou não. Cada pessoa só pode crescer até onde a sua capacidade de ser humano o permite.

Tenho para dar o que cada um souber e quiser ter de mim. Ávida de conhecimento e de aprendizagem vou buscando sempre mais e mais e procurando transmitir tudo o q sei/vejo a quem comigo interage.

No resto, serei sempre uma lua vagabunda.