quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Silly Symphonies - Birds in the Spring (1933)
TAMBÉM SOMOS 3 IRMÃOS (2 MULHERES E UM HOMEM)... ADIVINHEM LÁ QUAL SOU EU...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
ALCIONE Y BETH CARVALHO - Não deixe o samba morrer
CONFESSO QUE QUERIA MESMO DEIXAR O MEU ANEL... mas não vejo a quem...
domingo, 10 de fevereiro de 2013
DE RAUL BRANDÃO:
"... O que há a fazer ao sonho é escondê-lo e recalcá-lo para que nos deixem viver ignorados.
Para que não o escarneçam. Para que os outros - os que não sonham - o não despedacem com uma alegria feroz.
Sonhar é um crime. Há uma altura da vida em que é forçoso escolher - ou o sonho ou a vida prática.
O grande golpe então é matar o sonho e adquirir o hábito das pequenas coisas.
Há quem o estorcegue de repente a uma esquina; há quem leve mais tempo a liquidá-lo, misturando a vida prática com a vida quimérica, tentativa de que só resulta o mais negro despeito.
Creio que todos nascem com um quinhão de sonho, e que, mesmo nos que conseguem aniquilá-lo, há horas em que fixam o olhar num ponto dourado; em que voltam a cabeça com saudade.
... Mas é tarde; a labareda está reduzida a cinzas...
Talvez por isso mesmo odeiem secretamente os outros, os que sonham sempre, os que sonham até à velhice com um ar extravagante de lunáticos, não dando a mínima importância às coisas da vida consideradas importantes.
Pobres e ridículos sonham, e é esse o seu quinhão, melhor ou pior.
Os homens práticos pouco a pouco caem no sorvedouro que os traga e leva como sombras inúteis, enquanto que a caravana dos desgraçados lá segue o seu rumo à parte, de olhar estático, desprezada e secretamente invejada, sob os gritos de maldição..."
in A morte do palhaço de RAUL BRANDÃO
Para que não o escarneçam. Para que os outros - os que não sonham - o não despedacem com uma alegria feroz.
Sonhar é um crime. Há uma altura da vida em que é forçoso escolher - ou o sonho ou a vida prática.
O grande golpe então é matar o sonho e adquirir o hábito das pequenas coisas.
Há quem o estorcegue de repente a uma esquina; há quem leve mais tempo a liquidá-lo, misturando a vida prática com a vida quimérica, tentativa de que só resulta o mais negro despeito.
Creio que todos nascem com um quinhão de sonho, e que, mesmo nos que conseguem aniquilá-lo, há horas em que fixam o olhar num ponto dourado; em que voltam a cabeça com saudade.
... Mas é tarde; a labareda está reduzida a cinzas...
Talvez por isso mesmo odeiem secretamente os outros, os que sonham sempre, os que sonham até à velhice com um ar extravagante de lunáticos, não dando a mínima importância às coisas da vida consideradas importantes.
Pobres e ridículos sonham, e é esse o seu quinhão, melhor ou pior.
Os homens práticos pouco a pouco caem no sorvedouro que os traga e leva como sombras inúteis, enquanto que a caravana dos desgraçados lá segue o seu rumo à parte, de olhar estático, desprezada e secretamente invejada, sob os gritos de maldição..."
in A morte do palhaço de RAUL BRANDÃO
sábado, 9 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
TO A GREEN GOD
Green God - Eugénio de Andrade
. Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.
. Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.
. Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
. E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava. .
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.
. Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.
. Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
. E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava. .
. in "Poesia"
de Eugénio de Andrade
de Eugénio de Andrade
domingo, 3 de fevereiro de 2013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
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