quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Paulinho Da Viola - Meu Tempo é Hoje (2003)




Hoje que é o aniversário do grande mestre, encontrei este belíssimo vídeo q pretendi ficasse aqui no meu blog bem guardadinho...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

viagem a ANDORRA e CATALUNHA- em 2010

saiu um artigo comigo e o meu voluntariado na Holanda




(TRADUÇÃO MINHA)

Devido a artroses e dores a portuguesa não pode deslocar-se sem a ajuda de um rollator.
Então, pintou-o de amarelo porque "temos sempre de ser nós a transformar e adicionar cores à vida"

Depoi explica q trabalho aqui na Sweat há 3 anos e q tipo de atividades desenvolvo, explicando a importância q atribuo à criatividade.

"Amo a Holanda. As pessoas são calorosas e há ajudas para quem precisa... muito diferente de Portugal"
Exprime-se em inglês fluente e entende o holandês.
"Sinto-me mais holandesa que portuguesa" diz com um grande sorriso:
"A vida é o q fazes dela. A minha cor é o azul brilhante mas qdo surgem nuvens (restrições/dificuldades) há que aprender a viver o melhor possível com elas."

Mas não é só a vida dela q a Manuela gosta de colorir. Tb a dos outros. Assim tb faz voluntariado numa instituição de toxico-dependentes onde lhes serve café/ sandes, etc
"Dá-me prazer conseguir ajudar os outros e é a minha forma de tentar fazer este mundo melhor."

IN
www.pensioenfondsdetailhandel.nl nº 5 pag 17

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Há 6 anos atrás chegamos a Rotterdam...



Vida boa! só agora
descobri quem é o amigo
que, intransigente, a toda hora,
caminha junto comigo:
viva eu em paraísos,
caminhe por entre infernos,
palmilhe mundos sem fim,
trarei sempre estes eternos
murmúrios feitos de risos
em mistura com lembrança:
a voz da eterna criança
que vive dentro de mim!

Ferreira Gullar


quinta-feira, 20 de março de 2014

a minha Primavera na varanda



Tenho 7 tulipas abertas e 3 quase a abrirem. 

É preciso comprar arroz e flores. Arroz para viver E flores para ter pelo que viver.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Centraal Station is af en klaar voor de opening



a nova estação de Rotterdam é inaugurada amanhã pelo rei.

 
A estação é uma atracção em si. Ela é movida a energia

solar e tem um sistema de aquecimento e refrigeração que

aquece/esfria agua no inverno ou verão para usar na

estação contrária. O povo daqui põe apelido em tudo. A

estação já se chama Kapsalon (um prato de kebab radical

inventado em Rotterdam e servido numa bandeja de papel

alumínio). Mas eu prefiro Haaienbek (boca de tubarão) por

causa da forma do tecto.


sábado, 1 de março de 2014

Autografia - Mário Cesariny



"...é uma preguiça... é uma descrença..." 

"it's a form of laziness... A disbelief! " 

MÁRIO CESARINY

sábado, 4 de janeiro de 2014

Em todas as línguas...

TODOS DIFERENTES / TODOS IGUAIS

Ainda não vos tinha falado da minha experiência de jantar de fim de ano com holandeses. Pois vou contar hoje.

A grande diferença que senti foi mesmo na sua performance e no conteúdo do que comemos. Nada de mesa posta e de panelas ao lume.
Uma casa arrumada, uma cozinha arrumada, ambiente de média luz e as pessoas sentadas nos sofás a conversarem, incluindo a dona da casa.

Começou com uns canapés deliciosos e com uma apresentação muito criativa, confecionados e servidos pela anfitriã. Depois uma boa canja que surgiu sem eu saber de onde (recordo que não havia fogões ligados nem movimento de cozinha) que comemos nos respetivos lugares de sofá em que estavamos sentadas. A temperatura da canja era a ideal para se comer e estava deliciosa.
De seguida a dona da casa apresenta, e coloca na pequena mesa de apoio aos sofás, umas belas travessas com salada russa com maionaise, uma outra com atum em maionaise e diversas tacinhas com tomates cherry e diversos legumes de conserva: milho, pepino, etc.. Pão fatiado q entretanto tinha sido feito no forno, queijo e patê.
Cada um de nós tinha direito a pegar num prato de sobremesa, ir servir-se e voltar a sentar para comer.
Eu tinha levado uma garrafa de vinho (francês) que sugeri abrir-se e servir. Apenas eu e uma outra senhora mais velha o quisemos. De resto beberam sumos.

Claro que se falava holandês embora todos os presentes soubessem inglês e de vez em quando perguntavam se eu estava a perceber e se queria que traduzissem algo. Eu estava a perceber tudo, não ao pormenor mas também isso não era o mais importante.
Nunca me senti posta de parte e muito menos afastada pelo facto de não ser holandesa. Ao contrário todos muito simpáticos e sempre a perguntarem se eu estava à vontade.

As sobremesas constavam de chocolates e doces típicos da época na Holanda.

Agora factos que achei deveres interessantes:

  • O ex-marido da dona da casa (minha professora) também estava presente e - se eu não soubesse que era ex há imenso tempo – pensaria que continuavam a ser um casal normal para a idade. Ele também não é holandês e era corrigido sempre que articulava alguma palavra mal pronunciada em holandês (eu achava que ele falava holandês perfeito, mas pelos vistos não... ). Ninguém é tão perfeito como nós … em todas as línguas...

  • As conversas eram as mesmas de qualquer família portuguesa. As queixas pelo facto dos netos não estarem sempre disponíveis e atentos aos avós, de os jovens serem “interesseiros” no que respeita a ofertas e apenas ligarem quando querem algo. Os jovens são todos iguais ... em todas as línguas...
  • Uma das senhoras falava (demais) e monopolizava todos com a sua conversa desinteressante sobre assuntos particulares que pelos vistos eram já conhecidos de todos e notava-se uma certa impaciência ao ouvi-la. Era velha. A idade torna-nos mesmo repetitivos e cansativos... Em todas as línguas...

POIS É!

Somos mesmo TODOS iguais... Damos (quando damos algo) não pela alegria da partilha, da divisão do que temos e podemos dispensar e muito menos pelo prazer de dar. É sempre na esperança de que fiquem eternamente agradecidos e sobretudo que “paguem” de volta... É humano?! Porquê?!
Porque não conseguiremos dar mesmo sem NADA esperar apenas porque nos sentimos felizes no momento em que demos? Poderão ser então chamadas de dádivas as ofertas que fazemos ou serão empréstimos/pagamentos?

Não gosto da nossa falta de paciência para ouvirmos os outros ainda que eles sejam maçadores e desinteressantes.... somos/seremos nós também assim, invariavelmente.

Não gosto destas conclusões. Não gosto mesmo... em todas as línguas!

Gosto de pássaros... gosto mesmo de pássaros. Sabem voar, sabem pousar... sabem ser livres.